Você tem liberdade criativa na sua empresa?
Você que é desenvolvedor ou programador, tem a liberdade para fazer inovações de código, bolar frameworks, metodologias de desenvolvimento ou outros na sua empresa?
Ou apenas programa seguindo uma “linha de produção” previamente definida, fazendo somente aquilo que o script manda sem dar sugestões de novas tecnologias e afins?
Aqui no NeoMatrix Tech tenho pelo menos dois grandes exemplos de coisas que utilizo na empresa que trabalho e que ou criei do zero, ou fiz grandes melhoramentos: A Classe de Conexão e o Sistema de Controle de Acesso.
Ambos os itens mencionados acima são largamente utilizados nos projetos de onde eu trabalho, e inclusive a metodologia de desenvolver a interface do programa separada das classes de negócio eu que comecei a adotar.
Quando fico um tempo ocioso, começo a pesquisar sobre algumas coisas e fazer vários testes de código, crio programas que não tem muita funcionalidade, porém lá na frente aquilo poderá ser muito útil.
Foi assim que construí um gerador de classes C# que lê uma tabela de um banco de dados e cria uma classe C#, utilizando-se dos métodos padronizados da Classe de Conexão. Só uma afinada depois e temos tudo funcionando.
Estes exemplos foram para ilustrar que se você, na sua empresa, goza de certas liberdades consegue criar muitas coisas que inclusive torna-se padrão na empresa.
Mas estas liberdades estão fortemente atreladas ao tipo de empresa que você trabalha e do seu cargo, logicamente.
Supondo que você trabalhe em uma fábrica de software de grande porte no cargo de programador, sua tarefa será a de atender as especificações que são repassadas pelo analista, praticamente sem pestanejar.
Terá que seguir à risca as especificações técnicas do projeto: utilizar, se houver, o framework determinado, convenções de nome de variáveis, classes, o que for, e fazer todo o programa dentro do prazo, que geralmente é muito curto.
Com o prazo curto e a obrigação de seguir especificações, a liberdade criativa do programador fica bem (para não dizer totalmente) podada.
Não sobra tempo para pesquisar, e as pesquisas são feitas com o intuito de apenas resolver um problema específico e pontual, mais nada.
A criação de padrões nesse tipo de empresa fica a cargo dos analistas ou gerentes, que também tem o trabalho de homologar e treinar o pessoal para seguir as novas metodologias, novas ferramentas, frameworks, etc.
Agora, como no meu caso, que trabalho em empresa de porte pequeno, e na minha “posição” de ser a pessoa mais “experiente” em C# lá, fica mais fácil definir a forma na qual trabalho, principalmente no que diz respeito às ferramentas utilizadas e os padrões de codificação, reaproveitamento de código, essas coisas.
E particularmente eu gosto exatamente desse tipo de serviço: pesquisar novos códigos, padrões, repassar estes padrões, ou seja, suporte ao desenvolvimento. Também gosto da parte de análise, aquela fase antes de surgir as linhas de código, o contato com o cliente no que diz respeito ao negócio em si. Já a parte de helpdesk, principalmente quando muitos projetos estão na minha mão no que diz respeito a programação, sinceramente eu não curto. Fica muito complicado administrar as coisas, o foco acaba sendo perdido e até recuperá-lo leva um bom tempo. Mas isso é assunto para outro post.
E para isso, liberdade para criar coisas é necessária.
Afinal, já que será de minha responsabilidade assumir o posto de “mentor”, precisarei do máximo de recursos possíveis para ajudar a quem necessitar.
E convenhamos: se você tem liberdade criativa, aproveita essa liberdade e se destaca, as coisas ficam muito boas para você, em todos os sentidos.
Ganha a confiança de quem está a sua volta, o reconhecimento, ou seja, realização profissional. Principalmente se faz o que gosta, o que é o meu caso.
E você, tem liberdade para criar e definir padrões na sua empresa?
Um abraço!
2 comentários:
Ainda bem que onde eu trabalho tenho total liberdade - bem como a minha equipe - de definir tudo referente ao front-end: html/css, javascript e as interfaces com o backend passam todas por nós. E eu jamais conseguiria trabalhar num lugar em que não tivesse tal liberdade.
[]s!
@Cris:
É, eu pelo menos não sei como eu reagiria em uma mudança no meu estilo de trabalhar.
Graças à liberdade que tenho é que eu consegui aprender bastante coisa, no sentido de criar, adaptar e saber explicar como funciona, o que é importante.
[]'s!
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