Por que Orkutização é quando algo se torna ruim?
Depois de algum tempinho matusquelando (como diz a Véia, do Energia na Véia) sobre a palavra “orkutização”, que sempre vejo em alguns posts das pessoas que acompanho no Twitter e em outros blogs, tive a idéia de fazer este post.
Se você espera por posts de programação, calma, estou “bolando” mais uma série na qual vamos construir um sisteminha, desde o início, utilizando a Classe de Conexão, um gerenciador de estabelecimentos com atividades “pouco ortodoxas”. Aguardem hehe. Como disse em outros posts, eles estão mais “excassos” pois não ando mais programando muito no serviço. Agora até estão surgindo coisas interessantes nesse aspecto (porém, em VB.NET :-( ).
E também, vou contar em um próximo post sobre como consegui fazer funcionar de forma adequada e muito aceitável a minha placa de captura Pinnacle PCTV 110i, dando final à epopéia do post anterior no qual tentei usar 3 programas, mas atenderam de forma inadequada.
Voltando às vacas frias, quando falamos em redes sociais aqui no Brasil, invariavelmente estaremos falando do Orkut, pelo menos para a grande maioria das pessoas.
Temos diversos sites de redes sociais “à lá Orkut”, como Facebook, Multiply, Ning, Via 6, entre muitos outros. E se fomos expandir o conceito de “social”, podemos colocar nesse meio os blogs, o Twitter, os fóruns “à moda antiga”, entre diversos outros meios de comunicação.
Fazendo uma analogia, os mesmos usuários que consideram o Internet Explorer a Internet em si, o Orkut é sinônimo de rede social.
Nos primeiros anos do Orkut, lá pelos tempos de 2004, era necessário um convite de outro usuário para poder participar. Eu entrei no Orkut nesta época, a convite de uma colega de faculdade, e estou com o mesmo perfil até hoje.
Isto de certa forma ajudava a selecionar os usuários que frequentavam o Orkut. Os temas postados nas mais diversas comunidades rendiam discussões com alta qualidade de argumentação dos participantes.
Claro que também tinham aqueles que fazem arruaça, trollagem, difamações e tudo o mais, mas a frequência era bem menor do que é hoje.
Quem entrava no site era para encontrar os velhos amigos e fazer novos, ou até mesmo algo a mais.
Com uma Inclusão Digital mais forte, o fim da exigência de convite para entrar no Orkut, e a grande divulgação na mídia (leia-se TV) o número de usuários (brasileiros, diga-se de passagem) aumentou drasticamente.
A grande maioria destes novos usuários é formada de adolescentes.
A qualidade das postagens nas comunidades caiu bastante, estes usuários mais novos fazem de suas páginas um verdadeiro chat, não tomam cuidado com o português, postam temas como “fico ou passo” e outras coisas do gênero, seus álbuns de fotos contém poses um tanto… deixa pra lá, sites como o Pérolas do Orkut estão aí para isso…
Isto se deve, em partes, à falta de investimentos em Educação. E não falo somente na educação escolar, e sim, na de casa mesmo.
Esta queda de qualidade afastou muitas pessoas do Orkut.
Quando os mesmos usuários que relatei acima começam a frequentar outros sites, como por exemplo o Twitter, querem que o mesmo seja como o Orkut, pelo menos da forma como eles enxergam. Tanto em funcionalidades, quanto no conteúdo postado, principalmente.
Essa falta de visão da grande massa de usuários, ou seja, achar que tudo o que for rede social é um Orkut-like, fez com que os que não sigam esse “padrão” criassem o termo “orkutização”, para denotar uma queda de qualidade em algum serviço que não era tão divulgado, sem hypes em cima dele.
É uma pena que um site tão interessante, no qual eu conheci e estou conhecendo várias pessoas muito legais, esteja, por causa de alguns usuários, sendo associado como sinônimo de degradação de outros serviços.
Para que este e diversos outros serviços não se degradem, cabe a nós fazermos a nossa parte: continuar postando bom conteúdo, discutir com civilidade, tomar cuidado com o Manoel, não alimentando os trolls, ignorando postagens sem noção… Fazendo um bom uso, ele sempre continuará legal e de muita utilidade :-)
Abraços!
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